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BOCAIÚVA

Metálico

TIPO:

CLASSE:

CLAN:

GRUPO:

SUB-GRUPO:

TIPO PET.:

EST. CHOQUE:

INTERPERISMO:

PAÍS:

ANO:

DESCRIÇÃO:

ACONDRITO

OCTAEDRITO FINO

-

Sem Grupo

-

-

-

BRASIL - MG

1965

Meteorito Metálico Octaedrito Fino sem grupo.

PETROGRAFIA:

O meteorito Bocaiúva apresenta padrão de Widmanstätten com dimensões de lamelas de kamacita que variam de 0,3 a 0,5mm. Os silicatos, em sua maior parte, não se apresentam, morfologicamente, como cristais isolados. Eles ocorrem entrelaçados como os elos de uma corrente. A dimensão dos silicatos varia, em média, de 1 a 5mm, embora o maior cristal observado foi de 7,7mm. As regiões silicatadas apresentam-se arredondadas, dando a impressão de côndrulos. De acordo com Curvello et al. (1985), os silicatos correspondem a 50mg/g do meteorito. Plessitas de diversas dimensões e morfologias também podem ser observadas, assim como bandas de Newman. A schreibersita encontra-se adjacente a grãos de silicato, mais precisamente de olivina, adjacente à troilita e, às vezes, englobando côndrulos de olivina (Figura 6). Já a troilita é observada englobada pelo silicato e, também, em contato com a matriz de kamacita. Eventualmente, ela se decompõe em campos martensíticos. Fonte: Pucheta et al. 2011.

GEOQUÍMICA:

Atraves de análise em MEV/EDS, observaram-se a diferença de relevo e a composição dos minerais, principalmente com relação aos silicatos e à matriz metálica. Os minerais não opacos identificados por meio de espectros químicos correlacionados à microscopia óptica foram: forsterita, matriz silicatada; pigeonita arredondada no interior de plagioclásios ricos em cálcio e subédrica na olivina; diopsídio; enstatita; apatita euédrica em contato com kamacita e pentlandita, e calcita. Já os minerais opacos são: kamacita; taenita, circundada pela olivina; cromita, sempre aprisionada na olivina; troilita; schreibersita; goethita, nos contornos dos silicatos, proveniente de alteração terrestre; magnetita, com morfologia de veios e aglomerações na olivina, e pentlandita. (Pucheta et al. 2011). As inclusões de silicato forsterita (Fa7.4), enstatita (Fs7.3 En89.6 Wo3.1) e diopsídio (Fs4.3 En53.9 Wo41.8) em meio a fase metálica da kamacita mostraram-se bastante homogêneas, formando um assembleia de minerais altamente equilibrada (Desnoyers et al. 1985). Química da fase metálica, fornecida pelo Meteoritical Bulletin database: 8.49% Ni, 19.5 ppm Ga, 178 ppm Ge e 2.9 ppm In.

CLASSIFICAÇÃO:

De acordo com a classificação da Ciência Meteorítica, o Bocaiúva ainda não possui uma classificação entre os pesquisadores da área, embora, estruturalmente, e desconsiderando as suas regiões silicatadas, possa ser classificado como do tipo siderito, pertencente à classe dos octaedritos finos. Porém o mais aceitável é classificá-lo como “metálico silicatado”, ou ungrouped, ou seja, que não se enquadra em nenhuma classificação conhecida. Fonte: Pucheta et al. 2011. Para obter mais informações sobre o meteorito Bocaiúva,a seguir os links dos artigos citados: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0370-44672011000200004 e http://adsabs.harvard.edu/full/1985Metic..20..113D

CLASSIFICADORES:

Walter da Silva Curvello, Desnoyers et al., (1985), Eustáquio Galvão da Silva, Jacques Danon e John T. Wasson. Fonte: Dissertação de Flávia Noelia Pucheta (2010).

HISTÓRIA:

O meteorito Bocaiuva foi descoberto cientificamente em 1961 de acordo com um manuscrito do professor Walter da Silva Curvello, do Museu Nacional (MN) do Rio de Janeiro. Em 1962 de acordo com Desnoyers et al., (1985) e em 1965 de acordo com as fontes encontradas no boletim da Meteoritical Society, responsável pela catalogação oficial de todos os meteoritos encontrados no mundo, publicado em 1984 por Eustáquio Galvão da Silva do Departamento de Física da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Jacques Danon do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF) e John T. Wasson do Institute of Geophysics and Planetary Physics, da Universidade de Califórnia (UCLA). Fonte: Dissertação de Flávia Noelia Pucheta (2010). O meteorito Bocaiúva foi encontrado por um fazendeiro na localidade de Piedade, distrito de Diamantina (Desnoyers et al., 1985) e levado para a fazenda Terra Branca, a 6km da margem do rio Jequitinhonha, também próximo a Diamantina, no município de Bocaiúva. Contudo, foi no ano de 1947, que um grupo de geólogos do Instituto de Pesquisas Radioativas (IPR) da UFMG se dirigiram ao município de Bocaiúva para assistirem, junto com pesquisadores norte-americanos, a um eclipse total do sol, e nesse episódio, encontraram o meteorito escorando a porta da residência do fazendeiro. Fonte: Pucheta et al. 2011.

Todas as informações que não possuírem fonte especifica, foram extraídas do Meteoritical Bulletin Database.

Todas as imagens possuem direitos autorais.

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