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Condrito Ordinário Equilibrado H4.
PETROGRAFIA:
O meteorito exibe uma textura condrítica ainda bem evidente com côndrulos apresentando textura interna variada, como barrada, radial e porfirítica. Os côndrulos encontram-se embebidos em uma matriz de granulação fina, consistindo principalmente de material microcristalino, porém com regiões ainda vítreas. Fonte: Gomes & Keil (1980).
GEOQUÍMICA:
Análises óticas e por microssonda eletrônica por Gomes et al. (1978d) fornece os seguintes dados: olivina Fa198.7, piroxênio com baixo Ca (bronzita) Fs16.8 e fase metálica FeNi (kamacita e taenita) como os constituintes principais. Em menor quantidade estão o plagioclásio Ab85.8 An11.9 Or2.3, diopsídio (piroxênio rico em Ca) En50.9 Fs6.6 Wo42.4, troilita e cromita. Fonte: Gomes & Keil (1980).
CLASSIFICAÇÃO:
A textura e mineralogia suportam a classificação do grupo químico H para o meteorito São José do Rio Preto, principalmente os minerais olivina, piroxênio e cromita. Em adição, essa classificação é confirmada através das razões Feº/Ni (9.40), Fe/SiO2 (0.73) e Feº/Fe (0.59), assim como a concentração total de Fe total no meteorito (26,78%) e total de FeNi de 16.64%. A textura condrítica bem desenvolvida, a leve variação composicional ainda encontrada nas olivinas e piroxênios, a presença abundante de grãos microcristalinos nos côndrulos e na matriz (como a presença de algumas regiões vítreas), assim como a ocorrência de piroxênio de baixo Ca geminado sugerem o tipo petrográfico 4 de Van Schmus & Wood (1967) para o meteorito. Fonte: Gomes & Keil (1980).
CLASSIFICADORES:
Não informado pelo Meteoritical Bulletin Database. Um descrição preliminar foi feita por Coutinho & Arid (1963) e depois um estudo mais detalhado sobre o meteorito foi publicado por Gomes & Keil (1977a). Fonte: Gomes et al. (1978d).
HISTÓRIA:
O meteorito caiu no dia 14 de agosto de 1962, por volta das 8:00h a 300m SW da sede da Fazenda Urtiga, que era na época de propriedade do senhor João Bastos e se localiza a cerca de 12 km da cidade de São José do Rio Preto. A queda foi testemunhada por Raimundo Golveia Salgado, que por muito pouco não foi atingido pela queda de “estranho” corpo celeste que caiu a apenas 3 metros dele. A pedra que pesava 927g e caiu produzindo um forte ruído, não provocou nenhuma cratera nem buraco. A pedra foi recuperada entorno de meia hora após a queda e segundo informações ainda mantinha uma temperatura alta, não tendo sido possível inclusive tocá-lo imediatamente. As notícias do acontecimento levaram o Professor Arid ao local da queda e conseguiu que o proprietário da fazenda doasse o meteorito para pesquisa. O meteorito foi estudado primeiramente por Coutinho e Arid, que também estabeleceram que o meteorito viajava de SW-NE. O meteorito ficou exposto no Museu do departamento de Geologia e Paleontologia da Faculdade de Filosofia de São José do Rio Preto e foi levada para a residência do professor quando da época de sua aposentadoria. Descrição obtida nos documentos de M. E. Zucolotto.
Todas as informações que não possuírem fonte especifica, foram extraídas do Meteoritical Bulletin Database.
Todas as imagens possuem direitos autorais.
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