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ITUTINGA

Metálico

TIPO:

CLASSE:

CLAN:

GRUPO:

SUB-GRUPO:

TIPO PET.:

EST. CHOQUE:

INTERPERISMO:

PAÍS:

ANO:

DESCRIÇÃO:

ACONDRITO

OCTAEDRITO MÉDIO

-

IIIAB

-

-

-

BRASIL - MG

1960

Meteorito Metálico Octaedrito Médio IIIAB.

PETROGRAFIA:

As análises do espectro Mössbauer da face polida desse provável fragmento do meteorito Itutinga revelaram a presença de duas fases de kamacita (alfa-FeNi) e uma fase de taenita (gama-FeNi). No fragmento de meteorito, identificou-se, ainda, a existência da fase plessita. Após ataque químico na superfície, revelando a Estrutura de Widmanstätten, as medidas lineares da largura média das lamelas de kamacita desse meteorito, com cerca de 1,0mm, são compatíveis com as lamelas do meteorito Itutinga (Grady, 2000) e com o intervalo correspondente à classe octaedrito médio. (0,5 a 1,3mm) relativa à classificação estrutural. Fonte: Nunes et al. (2010).

GEOQUÍMICA:

Ni (7.2%), Ga (18.6ppm), Ge (36.0ppm), Ir (13.0ppm). Fonte: Grady et al. (2000).

CLASSIFICAÇÃO:

Em função da correspondência existente entre a classificação estrutural e química, os meteoritos metálicos da classe octaedrito médio são do grupo IIIAB quanto à classificação química (Sears, 1978). Fonte: Nunes et al. (2010).

CLASSIFICADORES:

Não informado pelo Meteoritical Bulletin Database. A única referência que se encontra para a entrada do Itutinga está em Buchwald (1975).

HISTÓRIA:

Do Itutinga sabia-se apenas que o meteorito pesava mais do que 4kg, não apresentava crosta de fusão e que havia sido encontrado antes de 1960, próximo a cidade de Itutinga, segundo as informações publicadas por Buchwaldt em 1975. Após uma meticulosa pesquisa no Museu Nacional, encontrou-se uma anotação, no qual informava que o meteorito havia sido encontrado em um lugar chamado Barro Preto à 2Km NW de Itutinga, nas terras do Sr. Américo Leite. Ao visitar a cidade que foi encontrado o meteorito, depois de várias entrevistas com os locais mais antigos, descobriu-se que a terra era uma fazenda fechada, explorada pelo Dr. Silvio, cuja sogra ali residira à época em que a pedra fora encontrada. Segundo ela, a pedra fora encontrada próximo a um córrego, pelo Sr. Antônio Lampião, que infelizmente não se recordava de nada. Muitos eram os córregos da região e seria difícil encontrar o córrego certo. Finalmente, depois de muito inquirir entre as pessoas mais velhas da cidade, por sorte encontrou-se o Sr. Nelson que retornou ao local do achado no dia seguinte com toda a equipe. O Sr. Nelson contou ter sido a estranha pedra atrelada a um burro e arrastada até a antiga sede da fazenda -- hoje demolida, onde permaneceu à soleira da porta como um banco, por vários anos, até que a notícia de sua descoberta chegasse à Escola de Minas de Ouro Preto, para onde acabou sendo doada pelo Dr. José Carlos Ferreira Gomes. No Museu de Ouro Preto, verificou-se que a massa principal consta como sendo do meteorito de Itumirim, sem que se tenha nenhum dado sobre sua história, nem mesmo registros de sua entrada no Museu, sendo sua massa idêntica a uma antiga foto sem referências, encontrada no Museu Nacional do Rio de Janeiro e que o pedaço que se encontrava no Museu Nacional parecia se encaixar perfeitamente com o corte realizado no meteorito. Na ocasião não foi possível ter acesso a peça, que pode apenas ser vista pela vitrine e sem poder fotografar. A massa principal em Ouro Preto, se referindo ao meteorito como sendo Itumirim, isto se deve ao fato da doação do meteorito ter ocorrido em 1947 e Itutinga só ter se tornado Município no ano de 1953. A amostra do Museu Nacional chegou em 1960 quando o Município de Itutinga já existia. Provavelmente esse fato causou a dualidade de nomes, também chamada de sinonímia. Descrição obtida nos documentos de M. E. Zucolotto.

Todas as informações que não possuírem fonte especifica, foram extraídas do Meteoritical Bulletin Database.

Todas as imagens possuem direitos autorais.

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