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Meteorito Metálico Octaedrito Grosseiro IAB.
PETROGRAFIA:
As dimensões do meteorito Itapuranga são 75x65x43 cm, em direções aproximadamente ortogonais, e a massa é de 628 quilos. Os sulcos regmaglípticos acham-se bem evidenciados, aparecendo como caráter mais notável a intensidade das reentrâncias e a irregularidade na distribuição das concavidades. Mineralogicamente, kamacita e taenita, ocorrendo interpenetrados de forma irregular, numa textura em mosaico, são os principais constituintes. Sua estrutura interna foi identificada por meio do ataque sobre um fragmento de 45x30 mm, mergulhado em solução alcoólica de ácido nítrico a 20%. Após 15 minutos de ataque, destacou-se prontamente a estrutura formada de cristais centimétricos de kamacita, de coloração acinzentada bem pálida e muito brilhante, intercrescidos com cristais mais escuros e mais atacados, caracterizando a taenita. Os cristais acham-se interpenetrados de maneira irregular, numa textura em mosaico. Outro mineral identificado foi a schreibersita, que ocorre também sob a forma da rhabdita. São relativamente comuns, reconhecíveis pela coloração bronzeada clara, aparecendo na forma de pequenas lentes submilirnétricas ou vênulas irregulares de 0,I a 0,2 mm de largura por 8 a 10 mm de comprimento. Outras vezes, são equidimensionais e de formas irregulares, de cerca de 0,2 a 0,3 mm de tamanho. Nota-se também a presença de linhas formando ângulos variáveis, de 30 a 40°, correspondendo ora às linhas de Neumann, nas áreas onde predomina a kamacita, ora às de Widmanstãtten, onde é maior o teor de níquel. Do ponto de vista estrutural, o siderito é um típico octaedrito grosseiro (largura da Iamela de kamacita, 1,5 mm). Fonte: Svisero et al. (1980).
GEOQUÍMICA:
Dados químicos foram obtidos por análise de ativação neutrônica, enquanto que o Ni foi determinado por absorção atômica. (Ni, 6,6%; Ga, 96,9 ppm; Ge, 478 ppm; Ir, 2,8 ppm). Fonte: Svisero et al. (1980).
CLASSIFICAÇÃO:
Do ponto de vista estrutural, o meteorito é classificado como um octaedrito grosseiro, guardando similaridade, segundo o Prof. W.S. Curvello, com o siderito denominado Santa Luzia, também de Goiás. A similaridade diz respeito ao teor de níquel e à presença de schreibersita. Contudo, os valores obtidos para alguns elementos traços evidenciam claramente que se trata de dois meteoritos distintos. Quimicamente, os altos teores em Ga e Ge não deixam quaisquer dúvidas quanto à inclusão do meteorito Itapuranga no Grupo IA dos sideritos. Da mesma forma, as concentrações de Ir e Ni são compatíveis com esse grupo. Para para informações, é só acessar o link do artigo referido http://www.ppegeo.igc.usp.br/index.php/bigusp/article/view/2855 . Fonte: Svisero et al. (1980).
CLASSIFICADORES:
D.P. Svisero, S.E. Amaral e C.B. Gomes
HISTÓRIA:
O meteorito Itapuranga (longitude 50°9' W, latitude 15°35' S), Estado de Goiás, foi encontrado na Fazenda Curral de Pedra, distante 18 km a oeste da cidade de Itapuranga. O meteorito foi encontrado semi-enterrado, pela esposa do proprietário, aflorando apenas pouco mais de um palmo. A peça foi adquirida pelo Sr. Vas11io Semenov, que a transportou a São Paulo e, posteriormente a vendeu ao Instituto de Geociências da Universidade de São Paulo. Graças a auxílio financeiro concedido pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, foi possível a sua compra e a viagem dos autores à região, a fim de se estudar o local da queda. Fonte: Svisero et al. (1980).
Todas as informações que não possuírem fonte especifica, foram extraídas do Meteoritical Bulletin Database.
Todas as imagens possuem direitos autorais.
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