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Condrito Ordinário Equilibrado H5 com estágio de choque moderado S3.
PETROGRAFIA:
O condrito de Ipitinga consiste em uma única pedra poliédrica, coberta de crosta. O intemperismo terrestre é evidente a partir de sua superfície externa marrom clara e a presença de limonita em sua porção interna. A investigação óptica mostra que o meteorito tem uma textura condrítica, com côndrulos de diferentes tipos (porfiríticos, granulares, barrados, radiais e restos de côndrulos). Os côndrulos são geralmente arredondados, compõem cerca de 30-40% do meteorito e variam de 0,2 a 3 mm de tamanho. Contudo, eles possuem contornos mal delineados, definidos em uma matriz recristalizada de granulação fina. Fonte: Dreher et al. (1995).
GEOQUÍMICA:
Estudos mineralógicos e por microssonda eletrônica revelam que o meteorito contém principalmente olivina Fa18.3 e ortopiroxênio Fs16.2Wo1.3 de composições bastante uniformes, com quantidades menores de metal FeNi (kamacita, taenita e plessita), troilita, Cr-diopsídio (En48.1 Fs5 .3 Wo46.6) e plagioclásio (An13.6 Ab80.1 Or6.3). Cromita, magnetita e limonita são minerais acessórios, com os dois últimos ocorrendo principalmente como produtos de alteração do metal (intemperismo). Fonte: Dreher et al. (1995).
CLASSIFICAÇÃO:
O meteorito de Ipitinga é classificado como um condrito do grupo H com base na composição de seus minerais, particularmente os de olivina e ortopiroxênio, além de plagioclásio e cromita. Uma classificação do grupo H também é confirmada por algumas análises químicas em massa, que indicam Fe/SiO2 (0,78) e Fe total (27,17%). Baseado nas composições uniformes de olivina e piroxênio, a forte recristalização da matriz, a textura microgranoblástica a fibrosa em muitas mesostases de côndrulos e os contornos de côndrulos mal delineados, o Ipitinga é colocado na classe petrológica 5 de Van Schmus & wood (1967) . Também consistente com essa classificação, estão o baixo teor médio de CaO da olivina (0,01%), considerado típico de condritos equilibrados por Dodd (1972) e o teor médio de Wo do ortopiroxênio (1,3% molar), que está dentro da faixa de Wo 1,2- 1.6 para meteoritos petrológicos de classe 5, dados por Scott et al. (1986). Características adicionais, como a presença de extinção ondulante fraca e fraturas planares na olivina, assim como o aspecto ocasionalmente deformado do plagioclásio, indicam que o meteorito está levemente modificado por evento de choque, pertencente ao estágio S3 de Stoffler et al. (1991). Para obter mais informações, o link para acessar a fonte é http://rigeo.cprm.gov.br/jspui/handle/doc/532 . Fonte: Dreher et al. (1995).
CLASSIFICADORES:
Dreher, A. M. e Dall'Agnol, R.
HISTÓRIA:
O Ipitinga foi encontrado pelo geólogo S.L. Martini em março de 1989 durante um trabalho de campo rotineiro, a aproximadamente 1km do distrito Treze de Maio e a 15km sudoeste da Serra de Ipitinga, numa área de concessão da mineração Transamazônica Ltda. no estado do Pará. Foi reconhecido como meteorito em julho do mesmo ano, tendo sido o primeiro meteorito encontrado na região amazônica brasileira. Trata-se de uma única massa de aproximadamente 7 kg e formato poliédrico (20 x 14 x 14cm) dando a nítida impressão do meteorito ter se fragmentado no ar tendo outras amostras não encontradas na mesma região. O meteorito estava num canto da estrada e chamou a atenção de seu descobridor por se destacar bastante do terreno laterítico da região. O meteorito apresentava-se um pouco alterado pelo intemperismo e possivelmente chegou até aquele local durante a implantação da estrada. Fonte: Dreher et al. (1995).
Todas as informações que não possuírem fonte especifica, foram extraídas do Meteoritical Bulletin Database.
Todas as imagens possuem direitos autorais.
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