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Meteorito Metálico Octaedrito IAB complexo, com característica fortemente plessítica.
PETROGRAFIA:
As seções polidas e gravadas exibem uma matriz plessítica complexa com pelo menos duas ordens de tamanho diferentes do padrão Widmanstätten. A largura de banda dos eixos α tem tipicamente 80 µm de largura e 10-25 ou 1-4 vezes a largura, respectivamente. Também apresenta algumas grandes bandas de kamacita não relacionadas ao padrão plessítico de Widmanstätten, pois são formadas por faixas de kamacita nucleadas e crescimento em torno de cristais de schreibersita. Os eixos são orientados uniformemente em pelo menos dois cristais de austenita. A ferrita (ferro ) dos eixos mostra os limites do subgrão, mas nenhuma linha de Neumann. A troilita ocorre como poucos pequenos nódulos espaçados. A largura de banda dos fusos de kamacita foi medida usando uma imagem composta obtida sob um microscópio óptico que foi conectado a um computador e analisado com o software ImageJ. A distribuição de tamanho das larguras de banda mostra uma distribuição bimodal de eixos de kamacita. A grande população de kamacita é formada por uma única rede longa de kamacita que faz fronteira com campos maiores de plessita, enquanto os campos menores de kamacita são mais visíveis associados a pequenos campos de plessita. Esse tamanho menor de domínios plessíticos às vezes tem uma orientação incoerente devido a muitos pequenos cristais de fosfetos que nucleiam cristais de kamacita. Fonte: Zucolotto et al. (2015).
GEOQUÍMICA:
(J. T. Wasson, UCLA) INAA: 8,67% Ni; 0,87% de Co; 28 ppm de Cr; 186 ppm de Cu; 23,4 ppm de Ga; 83 ppm Ge; 13 ppm As; 6 ppm de Ru; 3,91 ppm Ir; 1,40 ppm Au. Composição das fases principais (I. P. Ludka, IGEO-UFRJ) WDS/EPMA: kamacita (Ni = 5,56 ± 0,4; Co = 0,61; N = 20), taenita (Ni = 28,8 ± 1,4; Co = 0,61; N = 16), fosfetos (Ni = 27,7 ± 1,2; P = 16,68 ± 0,7, N = 12), todos em% em peso.
CLASSIFICAÇÃO:
O Faina é um octaedrito plessítico que se assemelha a Ballinoo, Wiley, Crathèus, embora o teor de Ni seja muito baixo para um octaedrito plessítico e outros conteúdos químicos de Ni, Ga, Ge e Au. Esse detalhe coloca o meteorito Faina separado dos meteoritos IIC e o classifica como pertencente ao grupo IAB - complexo sem parente, e embora parecido com EET 83000, não mostra silicatos visíveis. Também devem ser considerados dois eventos distintos de resfriamento, onde um precipita a schreibersita com a formação de kamacita e outro mostra uma precipitação e crescimento do padrão Widmanstätten em duas etapas, argumentando que o meteorito se forma em uma ampla faixa de temperatura. Zucolotto et al. (2015).
CLASSIFICADORES:
J. T. Wasson, M.E. Zucolotto e I. P. Ludka
HISTÓRIA:
Encontrado em um quintal quando o Sr. G. Rodrigues cavou um buraco para a fossa séptica de sua casa. Ele suspeitava que a massa fosse um meteorito depois de assistir a um programa de TV sobre meteoritos. Comprado por André Moutinho em 31 de agosto de 2013.
Todas as informações que não possuírem fonte especifica, foram extraídas do Meteoritical Bulletin Database.
Todas as imagens possuem direitos autorais.
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